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15 filmes para pensar as cidades no Brasil e no mundo

Para quem estava habituado com as indicações de obras para leitura acadêmica do IBDU, nossa equipe resolveu inovar e propor uma lista de filmes instigantes sobre cidades no Brasil e no mundo.

Aquarius (Brasil, 2016) – Dir. Kleber Mendonça Filho

“Clara (Sônia Braga), 65 anos de idade, é uma escritora e crítica de música aposentada. Ela é viúva, mãe de três filhos adultos e moradora de um apartamento repleto de livros e discos na Avenida Boa Viagem, Recife, num edifício chamado Aquarius. Clara tem também o dom de viajar no tempo, um super poder que poucas pessoas no mundo são capazes de desenvolver”.

Domínio público (Brasil, 2014) – Dir. Fausto Mota, Raoni Vidal e Henrique Ligeiro

“Entre os anos de 2011 e 2014, o documentário investigou as transformações no Rio de Janeiro por conta dos megaeventos: UPPs nas favelas, remoções forçadas, privatizações de espaços públicos e revoltas populares”.

O Som ao Redor (Brasil, 2013) – Dir. Kleber Mendonça Filho

“A vida numa rua de classe-média na zona sul do Recife toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A presença desses homens traz tranqulidade para alguns, e tensão para outros, numa comunidade que parece temer muita coisa. Enquanto isso, Bia, casada e mãe de duas crianças, precisa achar uma maneira de lidar com os latidos constantes do cão de seu vizinho. Uma crônica brasileira, uma reflexão sobre história, violência e barulho”.

Casas para todos (Alemanha, 2012) – Dir. Gereon Wetzel

“Pouco depois de a bolha imobiliária estourou em os EUA, a Espanha sofreu o mesmo destino. Até então, as políticas de crédito relaxado, combinados com uma campanha publicitária na demanda levou a construção de moradias compulsiva, especialmente para segundas residências. Gereon Wetzel leva a um universo paralelo cheio de absurdo. Um guarda assistindo mais de 30.000 casas vazias, ovelhas passear entre desenvolvimentos meia – construído, uma economia de combustível de condução dirigindo pelas ruas desertas de uma cidade fantasma. Wetzel descobriu imagens da bolha imobiliária e da crise financeira que fazem esses conceitos abstratos como termos compreensíveis como incrível”.

The Human Scale (Dinamarca, 2012) – Dir. Andreas Møl Dalsgaard

“Hoje em dia, 50% da população mundial vive em zonas urbanas e no ano 2050 esta porcentagem aumentará para 80%. A vida nas grandes cidades é atrativa e problemática ao mesmo tempo. Hoje enfrentamos o auge do petróleo, o câmbio climático, a solidão e graves problemas de saúde devido ao nosso estilo de vida”.

74 metros quadrados (Chile, 2012) – Dir. Tiziana Panizza e Paola Castillo

“Iselsa e Cathy decidiram fazer parte de um projeto único, desenhando por líderes da arquitetura social, que lhes entregarão sua casa própria integrada ao um bairro de classe média. O documentário observa o processo durante 7 anos: a falta de recursos, a integração a um bairro que os rejeita, problemas na construção e o desastre provocado pelas chuvas de inverno. O desafio ainda mais difícil será superar a divisão da comunidade”.

Detropia (EUA, 2012) – Dir. Heidi Ewing e Rachel Grady

“Nos últimos 10 anos, Detroit, nos EUA, perdeu 25% de sua população e 50% de seus empregos no setor industrial, e está entrando em falência. O governo da cidade está no meio do maior “downsizing” de uma cidade americana em toda a história – demolindo milhares de casas e diminuindo serviços básicos. Enquanto artistas e curiosos chegam à cidade em busca de inspiração, pessoas que moraram em Detroit sua vida inteira estão à beira de um colapso”.

Elefante Branco (Argentina, 2012) – Ficção – Dir. Pablo Trapero

“Ricardo Darín vive o padre Julián que luta para ajudar os mais necessitados em um bairro de periferia em Buenos Aires. Ao lado do padre Nicolas e da assistente social Luciana, eles vão entrar em conflito com a igreja, o governo, o narcotráfico e a polícia”.

Medianeras (Argentina, 2011) – Dir. Gustavo Taretto

Buenos Aires, caótica, imprevisível mas ao mesmo tempo atrativa. A solidão humana, como se convive diariamente com perfeitos desconhecidos, que, por sua vez, são indiferentes entre si. A falta de comunicação, a tecnologia pensada para nos conectar que paradoxalmente nos separa. A busca pelo amor, a dificuldade de duas pessoas, que se encaixam perfeitamente e que inclusive vive na mesma quadra, em se encontrarem”.

Urbanized (EUA, 2011) – Dir. Gary Hustwit

“Urbanized is a feature-length documentary about the design of cities, which looks at the issues and strategies behind urban design and features some of the world’s foremost architects, planners, policymakers, builders, and thinkers. Over half the world’s population now lives in an urban area, and 75% will call a city home by 2050. But while some cities are experiencing explosive growth, others are shrinking. The challenges of balancing housing, mobility, public space, civic engagement, economic development, and environmental policy are fast becoming universal concerns. Yet much of the dialogue on these issues is disconnected from the public domain”.

Entre Rios (Brasil, 2009) – Dir. Caio Silva Ferraz

“Entre Rios conta de modo rápido a história de São Paulo e como essa está totalmente ligada com seus rios. Muitas vezes no dia-a-dia frenético de quem vive São Paulo eles passam desapercebidos e só se mostram quando chove e a cidade para. Mas não sinta vergonha se você não sabe onde encontram esses rios! Não é sua culpa! Alguns foram escondidos de nossa vista e outros vemos só de passagem, mas quando o transito para nas marginais podemos apreciar seu fedor. É triste mas a cidade está viva e ainda pode mudar!”

Não por acaso (Brasil, 2007) – Dir. Philippe Barcinski

“Ênio é um engenheiro de trânsito que, operando sinais, busca comandar o fluxo dos automóveis da cidade de São Paulo. Sua mania de controle reflete-se também em sua vida doméstica. O encontro com a filha, Bia, faz com que ele se sinta sem o controle de tudo. Pedro é dono de uma marcenaria especializada na construção de mesas de sinuca. Meticuloso, possui uma visão peculiar do jogo. Um acidente faz com que a vida de ambos tomem rumos surpreendentes”.

Elevado 3.5 (Brasil, 2007) – Dir. João SodréMaíra Bühler e Paulo Pastorelo

“Do nível da rua ao último andar, o espectador é conduzido por diferentes pontos de vista. Por cima e por baixo da via, à sombra ou nos fios de luz que desenham uma cidade recortada, o filme se desenrola por meio do mergulho nas histórias dos personagens. A memória do alfaiate, do pedreiro, do comerciante, das filhas do imigrante italiano ou da cantora, cede espaço para imagens de arquivo. As palavras da cabeleireira transexual, do senhor “diplomado na escola da vida”, o canto de uma pessoa solitária, inserem novamente o espectador no presente. Tempos se entrecruzam. Outros personagens aparecem. Pessoas que estão ali por opção ou não, há muito ou pouco tempo, de diferentes idades e origens. O Elevado provoca e converge os olhares: de janela para janela, do segundo andar para a via expressa, do carro para dentro do apartamento, do ônibus para o comércio, do comerciante para o transeunte, da cobertura para a paisagem”.

Edifício Master (Brasil, 2002) – Dir. Eduardo Coutinho

“Na produção de Edifício Master, o diretor e sua equipe mantiveram-se durante três semanas dentro do edifício, literalmente morando lá, com a intenção de que ocorresse uma ambientação entre a equipe que produzia o documentário e os moradores. Com o intuito de conhecer melhor as pessoas ali residentes, eles chegaram a entrevistar um total de 37 moradores, extraindo historia intimas e pessoais de cada um deles e estes foram escolhidos para serem os personagens principais do filme. A gravação do documentário durou 7 dias e se ocupou de gravar o cotidiano destas pessoas. Apesar do edifício Master estar localizado em uma área nobre da cidade do Rio de Janeiro, em Copacabana, a maioria de seus moradores pertence às classes médio-baixa e baixa, principalmente comparando com a realidade da sociedade carioca. Os moradores do edifício são pessoas provenientes de diversos locais e origem, com idades diversas, e com diversas histórias de vida, mas habitando todas em um mesmo local. Estes mesmos moradores raramente se vêem, ou nem sabem da existência um do outro“.

Cidade de Deus (Brasil, 2002) – Dir. Fernando Meirelles

“O principal personagem do filme Cidade de Deus não é uma pessoa. O verdadeiro protagonista é o lugar. Cidade de Deus é uma favela que surgiu nos anos 60, e se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro, no começo dos anos 80”.