Manifestantes se reuniram na Praça Ramos de Azevedo e seguiram pacificamente até a rua da Consolação
Organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), São Paulo teve ontem (10/01) seu primeiro ato contra as novas tarifas do transporte público impostas à população. Manifestantes se concentraram a partir das 17h na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal e, por volta das 18:30, iniciaram seu trajeto. O caminho percorrido pacificamente, acompanhado por fortes tropas policiais, tinha como ponto de chegada a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, mas acabou sendo finalizada na rua da Consolação. Em que pese o forte aparato repressor policial, a garantia constitucional a livre manifestação foi exercida pelos manifestantes.
O grupo, contabilizado pelo MPL em aproximadamente de 10 a 15 mil manifestantes, protestou contra os aumentos significativos no transporte público de São Paulo. A nova tarifa para as passagens de ônibus saltou de R$4,00 para R$4,30 e entrou em vigor na segunda-feira (7/01). Já as passagens de metrôs e trens entram em vigor no domingo (13/01) com o mesmo reajuste. O valor estipulado na gestão Bruno Covas (PSDB) representa aumento de 7,5%, índice maior do que a inflação, a qual deve fechar 2018 em 3,69%, segundo Banco Central.
Os novos reajustes no transporte público de São Paulo abalam o direito de ir e vir, uma vez que o direito a acessar os serviços e equipamentos públicos, assim como o direito de uso e apropriação do espaço público, ficam restritos. Vela destacar que o direito de ir e vir é uma garantia constitucional e da Lei no12.587/2012 que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Logo, o aumento das tarifas põe em risco o exercício pleno do direito à cidade. “Estamos aqui para dizer que não vamos aceitar o aumento”, disse Sofia Salles, liderança do MPL à Folha de São Paulo. 35